15.01.2021 às 21:56h - atualizado em 15.01.2021 às 22:18h - Agricultura
Conforme o coordenador da Fetraf, Jandir Selzler, em junho de 2020 o governo federal anunciou recursos de 33 bilhões de reais, porém não especificou os valores que, de fato, estariam disponíveis para financiamentos. Segundo o coordenador foi divulgado por parte do BNDES recursos para investimentos, valores fictício, ou seja, apenas números. Inovagro, Moderagro, Moderfrota, Prodecoop, PCA e Pronaf Investimento, foram suspensas pelo banco na última semana e não têm previsão de serem reabertas até o final do Plano Safra 2020/21. Jandir ressalta que esses recursos eram para financiamentos de inovações em tecnologia; para projetos de modernização na agropecuária; e aquisição de equipamentos agrícola. Comenta ainda que devido a estiagem, muitos agricultores perderam uma boa parte da safra, e que esse seria o momento de muitos buscarem por investimentos em sua propriedade. Cita como exemplo o plantel do gado leiteiro. Com essa suspensão, ele acredita que muitos produtores não buscarão fazer financiamentos em cooperativas, por não haver subsídios como; na taxa de juros e condições especiais.
O coordenador da Fetraf, Jandir Selzler, ressalta que os recursos operados pelo BNDES são valores equalizados que partem do Tesouro Nacional para controlar taxas de juros. Com esse bloqueio de novos pedidos de financiamento, por não haver mais recursos públicos disponíveis, significa que o produtor rural não conseguirá mais empréstimos com as condições que são oferecidas apenas pelo governo federal. Ele enfatiza que com essas ações os produtores tendem a não investir, e com isso comprometerá a condição do produtor, na produtividade como na renda. Comenta que a entidade percebe esta situação como preocupante e desestimulante, assim elevando o valor do dólar e desvalorizando a moeda brasileira. Segundo Selzler, isso vai desestruturar o mercado interno, seja na produção de alimentos da agricultura familiar como no processo produtivo como um todo. Ele acrescenta que o setor inicia o ano sem expectativa de retomada da economia. Ressalta que a Fetraf-SC estará cobrando por explicações.
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