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“Quase que vira churrasco, mas obra de Deus ninguém desmancha". O relato é de Aparecido Silva de Oliveira, de 63 anos, que lembrou com emoção do reencontro com o Francês, boi de estimação furtado em São José do Rio Preto (SP).

O animal foi levado da propriedade na noite do último domingo, 10, mas acabou sendo achado pela polícia e devolvido ao dono horas antes de ser abatido, na quarta-feira, 13.

Em entrevista ao G1, Aparecido afirma que o boi tem seis anos, está com a família desde quando era bezerro e que foi criado com muito amor e carinho.

“Eu, minha família, as crianças e o boi estamos muito felizes. O Francês ficou sapateando quando me viu. É coisa de Deus. Ele cresceu no quintal da minha casa e obedecia a tudo que eu falava. Diversas pessoas fizeram orações, vieram falar comigo e disseram que ficaram emocionadas com a volta dele. Estamos precisando de alegria no momento difícil em que estamos vivendo.”

Investigação

Francês foi levado da propriedade e uma câmera de segurança flagrou o ladrão caminhando tranquilamente com o boi pelas ruas do bairro Dom Lafayete, em Rio Preto.

A família registrou um boletim de ocorrência depois de constatar que o boi de estimação havia sido furtado.

A Polícia Civil começou a investigar o caso e identificou o suspeito que aparece nas imagens de circuito de segurança.

“Analisando a imagem da pessoa que está trazendo o boi, nós, policiais, conversamos e falamos que poderia ser uma pessoa que nós já conhecíamos por furtar propriedade rurais pequenas”, diz o delegado Paulo José Buchala Junior.

De acordo com Paulo Buchala, o rapaz foi abordado em um bar e negou participação no crime. Contudo, confessou que furtou e vendeu o animal por R$ 5,5 mil. Ele foi preso, mas acabou sendo liberado depois de prestar depoimento.

Ainda segundo o delegado, a Polícia Civil conhecia o homem que cometeu o crime porque ele, em outras ocasiões, havia furtado cabeças de gado em propriedades pequenas.

Francês foi achado na tarde de quarta-feira, 13, em um sítio em Sales, cidade a 70 quilômetros de distância de Rio Preto.

“O delegado pediu para eu não deixar um boi tão importante em um pasto, só que meu quintal é pequeno. O Francês dormia ao lado da minha cama, mas alguém chamou um fiscal. Então, tive que alugar o pasto onde ele foi furtado. Mas o que é de Deus ninguém tira”, diz Aparecido.