Rede Peperi

A Associação Empresarial de São Miguel do Oeste, Acismo, representando seus mais de 580 associados, desde o mês de abril deste ano vem cobrando entidades como o COTRASMO (Conselho Municipal de Trânsito de São Miguel do Oeste), Prefeitura e DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) a respeito da implantação de semáforos em vias públicas de tráfego intenso na cidade.

De acordo com o presidente da Acismo, Daniel de Souza, as reivindicações se devem principalmente por conta do grande número de acidentes, dificuldade de mobilidade, acesso ao comércio e transtornos que vêm sendo registrados em três principais pontos de São Miguel do Oeste que inclusive já contaram com sistemas semafóricos em funcionamento. São eles: Avenida Willy Barth (próximo à Agro Diesel Pivetta e Way Auto Peças); Rua Santos Dumont esquina com Rua Itaberaba; e Avenida Salgado Filho esquina com Rua Oiapoc.

Daniel reforçou que as demandas, indicadas também pelos membros associados à entidade, buscam melhorar a trafegabilidade e a segurança dos que transitam pelas referidas vias. Segundo ele, em abril um ofício foi encaminhado ao COTRASMO com as devidas solicitações, sendo que o conselho então mostrou-se favorável quanto à implantação dos equipamentos na Santos Dumont, dizendo que já está realizando estudos para a viabilidade do projeto, mas negou o pedido referente à Avenida Salgado Filho, alegando que “o programa de Mobilidade Urbana diminuiu significativamente o fluxo de veículos no cruzamento, não sendo necessário neste momento mais um conjunto semafórico”. Já sobre a Willy Barth, o COTRASMO comentou que a avenida é de domínio do DNIT e, portanto, não poderá interferir diretamente.

Na sequência, a ACISMO entrou em contato também com o próprio Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, questionando a respeito de sua responsabilidade sobre a Avenida Willy Barth, em São Miguel do Oeste. O órgão retornou informando que autorizou o Executivo Municipal a realizar as obras de melhorias no trecho. O DNIT disse ainda que a Prefeitura já está elaborando o projeto.

Daniel de Souza pontuou que a associação empresarial em seguida também encaminhou um ofício para o Prefeito Wilson Trevisan, cobrando a colocação dos semáforos da Willy Barth e da Santos Dumont, porém o Executivo ainda não deu uma resposta. Para o presidente, é questão de tempo para que os locais sejam contemplados com os aparelhos, já que por diversas vezes o Trevisan se manifestou favorável à melhoria, mas que precisava aguardar o aval do órgão responsável. Ele entende que projetos como esse exigem grandes processos burocráticos, o que sem dúvida gera um atraso na execução.

A Peperi buscou informações com o Secretário de Urbanismo de São Miguel do Oeste, Jeferson Dias, o qual ressaltou novamente toda a burocracia envolvida e o alto valor dos investimentos, bem como reuniões estratégicas que estão sendo desenvolvidas junto à Polícia Federal e engenheiros do DNIT. Além disso, Jeferson esclareceu que foi feita uma licitação de quatro equipamentos semafóricos, três deles para a Willy Barth e um para a Rua Santos Dumont cruzamento com a Itaberaba, sendo que está havendo uma negociação com a empresa para que seja feita a instalação dos quatro aparelhos de uma vez só.

O secretário falou ainda que o município está montando um projeto de revitalização da avenida Willy Barth, o qual precisará também ser apresentado para o DNIT e aprovado para posterior início das obras, o que em razão do grande custo, só poderá ocorrer com recursos oriundos do Governo do Estado de Santa Catarina. Na visão do Jeferson Dias, o mais adequado seria a formação de um convênio entre a Prefeitura de São Miguel e o DNIT.