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O Hospital Regional Terezinha Gaio Basso, em São Miguel do Oeste, realizou na última semana a primeira captação de órgãos de 2025. O paciente doador, um homem de 53 anos que estava internado na UTI após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC), teve a morte encefálica confirmada e, com autorização da família, teve córneas e pulmões doados.

Segundo o enfermeiro da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante, Leonardo Zanin, a autorização familiar é o principal fator que determina se a doação será possível. “Sem essa permissão, a doação não acontece. Por isso, é essencial que as pessoas manifestem esse desejo em vida e conversem com seus familiares”, reforça.

Zanin também explica que o hospital ainda enfrenta muitas recusas por parte das famílias. “Infelizmente, o assunto ainda é cercado por medo, mitos e tabus. É necessário desmistificar isso e mostrar que doar salva vidas”, destaca.

O médico Pedro Cetolin, que também integra a Comissão, complementa que os números de negativas têm aumentado nos últimos anos. “Falar sobre a doação em vida é essencial. Quanto mais as pessoas conversarem sobre isso, maiores as chances de salvar alguém que está na fila do transplante”, afirma.

O procedimento mais recente foi feito por uma equipe externa da SC Transplantes. Em fevereiro, uma equipe local do Hospital Regional também realizou a captação de córneas de um paciente com morte encefálica, vítima de uma queda de altura.