14.03.2022 às 08:12h - Economia
A guerra na Ucrânia vem afetando os preços das commodities negociadas no mercado global e acendeu o alerta para a volta das pressões inflacionárias, tanto dos alimentos quanto dos combustíveis — que têm pesos importantes nos indicadores que medem a carestia. A Associação Catarinense dos Supermercados (ACATS) está apreensiva e prevê, além da elevação dos preços, também falta de alguns alimentos nas gôndolas nos próximos meses caso a guerra continue.
De acordo com o presidente da entidade, Francisco Crestani, a alta dos preços dos combustíveis e dos insumos vão repercutir em todas as escalas de produção e afetarão o valor dos alimentos e serviços ao consumidor. Crestani comenta que os próximos 15 ou 20 dias serão cruciais já que os efeitos da falta e dos custos de produção chegarão ao consumidor final. Ele reforça que muitos supermercadistas trabalham com estoques razoáveis, o que impede que haja a elevação momentânea dos preços.
Entre os alimentos que já estão faltando ou com elevação no preço estão as massas e biscoitos. Com o aumento do trigo, muitas indústrias de massas e biscoitos reduziram em até 50% a produção pela falta de embalagens, insumos e matérias primas.
Além disso, os consumidores já estão sentindo a alta dos alimentos devido à seca na região sul e das chuvas na região centro Oeste do País. Crestani disse que a oferta de hortifrutigranjeiros foi um problema enfrentado pelos supermercados de Santa Catarina neste início de ano. Ele disse que as hortaliças, por exemplo, tiveram uma qualidade inferior e que as frutas, por conta dos problemas de desenvolvimento, são menores e chegaram em menor quantidade às lojas.
Foto(s): Marcos de Lima e Maria Eduarda Barbosa / Portal Peperi
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