14.02.2018 às 11:32h - Saúde

Calor pode aumentar número de acidentes com lagartas venenosas

Cristian Lösch

Por: Cristian Lösch São Miguel do Oeste - SC

O Pronto Socorro do Hospital Regional Terezinha Gaio Basso, alerta a população para cuidados nessa época de calor com acidentes provocados em casos de contato com lagartas do gênero Lonomia, popular taturana.

No ano de 2017, no setor de Pronto Socorro do Hospital Regional de São Miguel do Oeste, foram atendidos 39 pacientes com contato com a lagarta. Nos primeiros meses do novo ano, já foram registrados 14 casos.

Os acidentes provocados pelo contato com lagartas ocorrem com maior frequência no verão, pois, elas se proliferam mais com chuvas e calor. O contato com as cerdas das lagartas da espécie Lonomia obliqua é capaz de causar, além da queimação, vermelhidão e coceira alteração da coagulação sanguínea, distúrbios hemorrágicos que variam de leves até muito graves e insuficiência renal aguda. Os pacientes envenenados devem ser tratados com soro antiveneno, conhecido também como soro antilonômico. O soro antilonômico é o único remédio capaz de reverter o efeito coagulante do veneno desse tipo de lagartas.

Como prevenir acidentes

Os acidentes ocorrem geralmente na manipulação de árvores frutíferas, silvestres e ornamentais como seringueiras, araticuns, cedro, figueiras-do-mato, ipês, pessegueiros, abacateiros, ameixeiras, entre outros. Por isso, deve-se verificar previamente a presença de folhas roídas na copa, casulos e fezes de lagartas no solo com seu aspecto típico, semelhante a grãos dessecados de pimenta-do-reino.

Observar, durante o dia, os troncos das árvores, locais onde as larvas poderão estar agrupadas. À noite, as taturanas dirigem-se para as copas das árvores para se alimentarem das folhas.

Nas atividades rurais, de jardinagem, podas e afins, utilizar roupas de manga longa, chapéu ou boné e luvas de raspa de couro;

Manter podadas árvores frutíferas e que estejam em áreas de grande circulação de pessoas;

Pintar o caule das árvores próximas as residências (ou em áreas públicas) com tinta branca para facilitar a visualização das colônias e impedir camuflagem.

Primeiros Socorros

Lavar imediatamente a área afetada com água e sabão;
Usar compressas com gelo ou água gelada que auxiliam no alívio da dor;
Procurar o serviço médico mais próximo;
Se possível, levar o animal para identificação.

Lonomia obliqua

Pode atingir 6 cm de comprimento, estas lagartas apresentam listras horizontais no dorso do corpo nas cores marrom, preta e branca e espinhos ramificados no formato de “pinheirinhos”. Na dúvida entre em contato com os serviços de Vigilância Epidemiológica Municipal (49) 3622-1359 ou Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina – CIATox/SC (0800 643 5252) para que seja feita a correta identificação.

Enfermeiro gerente do Pronto Socorro do Hospital Regional Terezinha Gaio Basso, Cristiano Régis Alba.

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