Rede Peperi

Entidades como a Fetraf Sul e a Fetaesc analisaram nesta semana na Peperi as ações anunciadas pelo governador Carlos Moises para auxiliar os agricultores atingidos pela seca. Na última semana o governado divulgou, durante audiência em Pinhalzinho, seis ações e R$ 42 milhões para o campo.

As duas federações reconhecem a importância do valor, mas citam que é a cifra é insuficiente para atender o alto número de famílias que tiveram a renda afetada pela seca. Tanto o coordenador da Fetraf, Jandir Selzler como o presidente da Fetaesc, Valter Dresch afirmaram que o estado poderia e deveria mais pela agricultura nesse momento.

Uma das ações anunciadas pelo governador prevê o repasse de recursos para produtores rurais em situação de vulnerabilidade social. Os agricultura poderão acessar até R$ 10 mil com cinco anos de prazo para pagar em parcelas anuais e sem juros. O beneficiário que pagar em dia terá um rebate de 70% do valor.

O problema, de acordo com o coordenador da Fetraf, Jandir Selzler, é que o orçamento de R$ 10 milhões destinados para esse programa de garantia de renda é pequeno diante da dimensão dos efeitos da estiagem. Ele citou que poucas famílias terão acesso ao recurso.

Já o presidente da Fetaesc, Valter Dresch disse que o governo do estado poderia destinar um valor maior para as ações de auxílio aos agricultores atingidos pela estiagem. A posição é do presidente da Fetaesc, Para ele as medidas são interessantes, mas insuficientes para resolver o problema da estiagem no meio rural. O sindicalista comentou que o gesto de Moisés é louvável, mas pequeno.

Dresch também fez uma dura crítica ao governo federal. Para ele, a União está sendo omissa e não ofereceu nenhum tipo de ajuda emergencial para os agricultores. Segundo ele, o governador deveria ir à Brasília e garantir mais recursos para a agricultura catarinense. Ele reforçou que o governo federal não fez nada e ainda criminaliza a ação dos sindicatos que defendem os agricultores.