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Só nesta semana, a comarca de Descanso registrou um prejuízo de R$ 25 mil em golpes.

Conforme o delegado, Cléverson Muller, o uso da internet se potencializou com a pandemia, pois as pessoas permaneceram mais em casa e passaram a utilizar mais os canais digitais como forma de entretenimento. Ele cita que esta também foi uma oportunidade para os criminosos atuarem, aumentando as vítimas de golpes e estelionatos. O delegado enfatiza que crimes que anteriormente eram praticados no contato direto com as pessoas, e agora passaram a ser virtuais, facilitam a atuação dos criminosos e dificultam as investigações pela polícia.

Muller cita como exemplo os empréstimos divulgados de forma online e golpes sexuais praticados pelo Facebook com a criação de perfis falsos em que as vítimas são principalmente homens das diferentes faixas etárias e classes sociais.

Na comarca de Descanso, o delegado observa que os crimes virtuais têm sido praticados principalmente pelo WhatsApp e pelo Facebook.

Cléverson Muller destaca que a troca de mensagens e de conteúdo pornográfico inicia pelo Facebook, onde os criminosos obtêm informações com facilidade. O delegado afirma que a partir do momento que a pessoa envia uma foto passa a ser chantageada e para não ter seu nome ou reputação atingidos, muitas vezes paga preços altos aos golpistas.

A partir do contato inicial pelo Facebook, Muller cita que a negociação para pagamento de valores continua pelo WhatsApp.

Segundo o delegado, a investigação dos crimes de estelionato em que ocorre a transferência de valores é de responsabilidade da comarca onde está localizada a sede do banco usado para o depósito.

Logo após o registro, a polícia atua para tentar o bloqueio administrativo dos valores, mas em poucos casos é possível a recuperação, já que a transferência entre contas é feita de forma muito rápida.