12.08.2019 às 17:40h - atualizado em 12.08.2019 às 17:42h - Saúde
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O que é a Esclerose Múltipla?
É uma doença autoimune com acometimento do sistema nervoso central, o que significa que as células de defesa do organismo passam a atacar, em forma de surtos, o cérebro, nervos cranianos e a medula espinhal por não os "reconhecerem mais como parte do corpo”.
Quem pode ter a doença?
É mais frequente em pacientes jovens e do sexo feminino. Entretanto, pode ocorrer em qualquer faixa etária e descendentes de qualquer etnia. Vale lembrar que tem relação com os níveis de vitamina D, tabagismo, fatores ambientais e predisposição genética.
Como ocorre a Esclerose Múltipla?
Uma vez que as células de defesa não reconhecem partes do sistema nervoso central como próprias do indivíduo, passa a haver ataques contra a bainha de mielina (feita pelas células chamadas oligodendrócitos), levando também a lesão dos neurônios. Curiosamente há locais mais suscetíveis a estas lesões, como o nervo óptico, tronco encefálico, cerebelo, substância branca hemisférica e medula espinhal.
Quais são os sintomas?
Deste modo, os sintomas mais comuns são, respectivamente, perda visual, visão dupla, perda da coordenação motora, dificuldade para caminhar e a falta de controle de urina e fezes. Os surtos podem ter ou não progressão dos sintomas entre eles, e raramente a esclerose múltipla pode ocorrer apenas com sintomas progressivos. Outros sintomas que acompanham são dores pelo corpo, intolerância ao calor, perda de sensibilidade, fadiga, depressão e dificuldade de concentração.
Como se faz o diagnóstico?
O diagnóstico é clínico, com auxílio de exames de imagem (ressonância magnética) e exames laboratoriais (de sangue e análise do líquido cefalorraquidiano). A ocorrência dos surtos, com manifestações clínicas ou apenas com alterações nos exames de imagem, permitem a caracterização do diagnóstico de esclerose múltipla e do subtipo. A apresentação tem 4 subtipos: recorrente remetente (85%), secundariamente progressiva, primariamente progressiva e progressiva com surtos. Há também os pacientes que apresentam apenas um surto com risco aumentado para conversão para esclerose múltipla (síndrome clínica isolada).
E o tratamento?
Deve ser individualizado, uma vez que é uma doença com diferentes espectros clínicos e diferentes graus de atividade. O tratamento modificador de doença contínuo tem como objetivo evitar novos surtos, sendo utilizados moduladores imunológicos e anticorpos monoclonais específicos. Na ocorrência de um novo surto, deve-se utilizar modalidades de anti-inflamatórios durante um período de tempo para acelerar a recuperação. Cabe ressaltar que se deve sempre tratar os demais sintomas que acompanham a doença, afim de reduzir o impacto da mesma e ter sempre em mente a melhora na qualidade de vida do paciente.
Emanuel Malaguez Webber – Neurologista no Hospital Regional Terezinha Gaio Basso de São Miguel do Oeste – Registro 13932
Diretora técnica - Katia Bugs - CRM 10375
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