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O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) e o Governo do Estado de Santa Catarina agendaram uma nova audiência para discutir os pontos pendentes da greve do magistério. O encontro está marcado para a próxima quarta-feira, 19, na Secretaria Estadual de Educação em Florianópolis.

Segundo o coordenador estadual do Sinte, Evandro Acadrolli, ainda há duas principais questões em discussão: o reajuste salarial e a descompactação da tabela salarial. O sindicato reivindica, no mínimo, a reposição de 16%, correspondente à inflação acumulada nos últimos três anos. Além disso, busca a descompactação da tabela salarial, garantindo salários maiores para profissionais com maior qualificação.

A greve do magistério, que durou 15 dias, foi suspensa em 8 de maio por um período de 60 dias para permitir negociações entre governo e professores. A primeira reunião ocorreu em 29 de maio, mas não houve avanços significativos em relação ao reajuste salarial ou à descompactação da tabela.

Durante a audiência inicial, o secretário da Administração, Vânio Boing, apresentou dados sobre as receitas e despesas do governo, indicando uma situação financeira favorável. Apesar disso, Acadrolli criticou a falta de valorização do magistério conforme a titulação dos professores.

O coordenador do Sinte destacou o descontentamento generalizado da categoria e a dívida histórica do estado com o magistério catarinense, que precisa ser resolvida. Acadrolli alertou que, se o governo não apresentar uma proposta concreta até o fim do período de suspensão da greve, os professores podem retomar o movimento grevista.