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Em entrevista à Rádio Itapiranga, o Reitor do Centro Universitário Uceff bateu forte contra o descaso com as rodovias na região.

Leandro Sorgato subiu o tom da cobrança e afirmou que é preciso levantar a voz e cobrar melhorias na infraestrutura do Extremo Oeste de Santa Catarina. O reitor diz que é o momento de sair da zona de conforto e avançar na luta por reconhecimento do que é de direito da região, que deveria ser tratado com respeito pela classe política.

Sorgato chama atenção para o total abandono em várias obras e cita como exemplos o viaduto na BR 163, em São José do Cedro, uma situação evidente que as lideranças políticas deveriam pedir desculpas as pessoas a sociedade regional pelo atraso. Ele avalia que os responsáveis por este caos não devem ser aplaudidas quando for concluído a obra.

Já a SC 163 de São Miguel do Oeste a Itapiranga, não sabe direito se é de responsabilidade do estado ou do governo federal, pois ninguém investe na rodovia e os usuários pagam um alto preço. Leandro Sorgatochama atenção que estão ocorrendo altos investimentos nas propriedades agrícolas para a produção de leite, aves e suínos. O agronegócio regional está crescendo e as rodovias repletas de buracos elevando o custo de produção e até tirando vidas.

O Reitor da Uceff citou que não se pode mais bater palmas para projetos e anúncios de recursos, pois as obras acabam demorando muito ou nem acontecem. Sorgato chama atenção que diariamente estudantes se ariscam em rodovias abandonadas pelos governos estadual e federal. Observa que a frota de caminhões cresce constantemente, porém, os proprietários e motoristas não recebem o respeito que merecem.

Leandro Sorgato ressalta que é contra manifestações grosseiras, mas defende protestos com fundamentos e argumentações para a região ter o reconhecimento que merece. O Reitor da Uceff aponta como inaceitável situações de abandono de outras estruturas como a aduana de Paraíso, que também enfrenta o descaso.

Para Sorgato, é preciso agilizar a duplicação das BRs 282 e a BR 470 que são vias de escoamento da produção para os portos. De acordo com Sorgato, é preciso parar de iludir a população com promessas da Ferrovia do Frango. Observa que os governos não conseguem nem trocar placas de sinalização e realizar serviços de tapa buracos, portanto não vai vim o trem.