12.05.2022 às 19:37h - atualizado em 12.05.2022 às 19:51h - Saúde
Santa Catarina já registrou 157 casos confirmados e 28 mortes por Influenza entre o fim de 2021 e maio de 2022. Os dados são do boletim epidemiológico publicado e divulgado nesta quinta-feira, 12, pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC), que destaca que o número de casos notificados é maior do que o esperado para o período do ano. Isto porque eles foram registrados fora da sazonalidade do vírus no Estado, que ocorre entre os meses de maio e agosto, e acima do encontrado nos dois últimos anos. Só em 2022, Santa Catarina registrou 120 casos de Srag.
Os dados são referentes ao período de 26 de dezembro de 2021 a 7 de maio de 2022. De acordo com a diretoria, em cinco meses foram notificados 11.365 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). Dessas, 157 foram confirmadas para Influenza, de acordo com dados laboratoriais, clínicos e epidemiológicos, sendo 156 de Influeza A e um de Influenza B.
Entre os confirmados de Influenza A, 113 foram causados pelo vírus H3N2. Já 42 não foram subtipados, enquanto um foi causado pelo vírus H1N1. Ao menos 50 municípios registraram no mínimo um caso da doença.
Os idosos são a maioria dos casos. Cerca de 44,6% foram registrados em pessoas com mais de 60 anos. Depois, aparecem pessoas entre 50 e 59 anos.
Das mortes, 43% das vítimas tinham mais de 80 anos. Porém, o que chama atenção é que entre os óbitos, há de duas crianças: um menino de um ano em Balneário Rincão e uma menina de cinco anos, moradora de Florianópolis. As duas foram por H3N2.
O novo Boletim Infogripe, divulgado pela Fiocruz nesta quinta-feira (12), mostra que Santa Catarina está entre os Estados com tendência de crescimento nos casos de Srag a longo prazo. Outras 16 unidades federativas também registraram aumento.
Florianópolis está entre as capitais com tendência de aumento a longo prazo, ao lado de Boa Vista (RR), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA) e Vitória (ES).
— No momento, os casos de Covid-19 seguem sendo a principal causa de SRAG entre os casos com identificação laboratorial na população adulta. A curva nacional de SRAG tem sinal de crescimento nas tendências de longo (últimas 6 semanas) e curto prazo (últimas 3 semanas). A estimativa é de 5,0 (4,3 – 5,8) mil casos na semana 18 — explica o pesquisador e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes.
• Vacinação anual contra a Influenza
• Lavar as mãos com frequência
• Usar máscara
• Evitar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas
• Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir
• Evitar tocar mucosa de olhos, nariz e boca
• Manter superfícies e objetos que entram em contato frequente com as mãos, como mesas, teclados, maçanetas e corrimãos limpos com álcool
• Não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e talheres
• Atenção aos sintomas: febre, tosse, dor de garganta e dores nas articulações musculares ou de cabeça. É fundamental ao apresentar esses sinais/sintomas, procurar o serviço de saúde mais próximo da residência para o tratamento adequado, em especial os portadores de fatores de risco para agravamento e óbito (idosos, crianças, doentes crônicos etc.), pois estes têm maior probabilidade de apresentar complicações quando infectados pelo vírus influenza
Fonte: NSC Total
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