11.08.2025 às 14:38h - Geral
Jorginho Mello (PL), governador de Santa Catarina, criticou o pedido de afastamento dos deputados catarinenses por quebra de decoro parlamentar. O político afirmou, em publicação nas redes sociais nesta segunda-feira (11), que a medida é “comum em regimes autoritários”.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), encaminhou processos contra 14 deputados federais à Corregedoria Parlamentar. Na lista, estão Júlia Zanatta (PL), Zé Trovão (PL) e Caroline de Toni (PL), todos eleitos por Santa Catarina.
“Estou muito preocupado com essa decisão do presidente da Câmara em pedir o afastamento de deputados. Isso inclui três parlamentares catarinenses, que incomodam o sistema, lutam pelo nosso estado e foram eleitos por nós. Os argumentos [para suspensão] são muito frágeis”, afirmou Jorginho.
Segundo o governador, o pedido de afastamento resultaria na diminuição da representação de Santa Catarina na Câmara. “Não é tirando deputados que discordam de tudo que está acontecendo que vamos ter uma democracia mais forte”, reiterou.
Jorginho Mello reagiu à polêmica de deputada de SC com bebê na Câmara
Entre as possíveis suspensões, Jorginho citou o caso de Julia Zanatta, que levou sua filha de quatro meses para a ocupação da oposição no plenário. A parlamentar, inclusive, foi denunciada ao Conselho Tutelar, pelo deputado Reimont (PT-RJ), que solicitou apuração sobre uma possível exposição indevida da criança.
“Onde estava o perigo de estar com uma filha num plenário de um país democrático? Se é alguém de esquerda com um filho no colo, é empoderamento. Se é de direita, chama o conselho tutelar. Que brincadeira é essa?”, questionou Jorginho Mello.
Fonte: ND+
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