11.05.2023 às 09:45h - atualizado em 11.05.2023 às 09:47h - Polícia
A Polícia Federal vai abrir um inquérito para investigar a chamada “Máfia das Apostas” e um grupo suspeito de manipular jogos das Séries A e B do Campeonato Brasileiro, além de torneios estaduais entre 2022 e 2023.
A decisão foi anunciada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, no fim da tarde desta quarta-feira, 10.
“Diante de indícios de manipulação de resultados em competições esportivas, com repercussão interestadual e até internacional, estou determinando hoje que seja instaurado Inquérito na Polícia Federal para as investigações legalmente cabíveis”, escreveu Dino.
A suspeita é que o grupo tenha atuado em ao menos 13 jogos, das séries A e B do Brasileirão de 2022 e dos campeonatos Paulista e Gaúcho de 2023. Os jogadores envolvidos poderiam receber até R$ 100 mil.
Vale ressaltar que na última terça-feira, 09, a Justiça de Goiás aceitou a denúncia do MP-GO (Ministério Público de Goiás) contra 16 pessoas (sete jogadores e nove apostadores).
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) optou por não suspender o andamento do Campeonato Brasileiro durante as investigações.
Jogos sob suspeita de manipulação (2022):
Palmeiras X Juventude — Brasileirão, Série A
Goiás X Juventude — Brasileirão, Série A
Ceará X Cuiabá — Brasileirão, Série A
Sport X Operário-PR — Brasileirão, Série B
Red Bull Bragantino X América-MG — Brasileirão, Série A
Santos X Avaí— Brasileirão, Série A
Botafogo X Santos — Brasileirão, Série A
Palmeiras X Cuiabá — Brasileirão, Série A
Jogos sob suspeita de manipulação (2023):
Guarani X Portuguesa-SP — Campeonato Paulista
Red Bull Bragantino X Portuguesa — Campeonato Paulista
Bento Gonçalves X Novo Hamburgo — Campeonato Gaúcho
Caxias X São Luiz-RS — Campeonato Gaúcho
Jogadores que se tornaram réus:
Eduardo Bauermann (Santos)
Victor Ramos (Chapecoense) — na época, jogando pela Portuguesa
Gabriel Tota (Ypiranga-RS) — na época, jogando pelo Juventude
Igor Cárius (Sport) — na época, jogando pelo Cuiabá
Paulo Miranda (Náutico) — na época, jogando pelo Juventude
Fernando Neto (São Bernardo) — na época, jogando pelo Operário-PR
Matheus Gomes (Sergipe)
A defesa de Victor Ramos, jogador da Chapecoense, afirmou que o atleta negou a autoria dos fatos e “pretende continuar colaborando com as investigações e com a Justiça para comprovar definitivamente sua inocência”.
Apostadores que viraram réus
Bruno Lopez de Moura
Ícaro Fernando Calixto dos Santos
Luís Felipe Rodrigues de Castro
Victor Yamasaki Fernandes
Zildo Peixoto Neto
Romário Hugo dos Santos
William de Oliveira
Pedro Gama dos Santos Junior
Thiago Chambó Andrade
Operação Penalidade Máxima II
Em 18 de abril, o MP-GO realizou a Operação Penalidade Máxima II, contra um grupo que era suspeito de ter manipulado resultados de jogos do Brasileirão e de campeonatos estaduais.
No dia, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão, em 16 municípios de 20 estados — Goianira (GO), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Pelotas (RS), Santa Maria (RS), Erechim (RS), Chapecó (SC), Tubarão (SC), Bragança Paulista (SP), Guarulhos (SP), Santo André (SP), Santana do Parnaíba (SP), Santos (SP), Taubaté (SP) e Presidente Venceslau (SP).
Na ocasião, Victor Ramos, da Chapecoense, foi alvo de busca e apreensão em casa em Chapecó. O jogador foi conduzido para depoimento e teve seu celular apreendido na operação.
Fonte: ND +
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