11.05.2020 às 16:59h - atualizado em 11.05.2020 às 17:05h - Estiagem

Monitoramento do Rio Uruguai é ampliado após barragem reduzir vazão de água

Diógenes Di Domenico

Por: Diógenes Di Domenico São José do Cedro - SC

Monitoramento do Rio Uruguai é ampliado após barragem reduzir vazão de água

Itapiranga iniciou na semana passada um debate sobre a influência das barragens no nível do Rio Uruguai. A preocupação número um é com o abastecimento de água. Travessia da barca também preocupa. Conforme o engenheiro sanitarista e ambiental da prefeitura, Maciel Welter, no fim de semana a Usina Hidrelétrica Foz de Chapecó baixou vazão de 200 metros cúbicos por segundo para 160 metros cúbicos por segundo. Esta medida foi necessária, pois com a falta de chuva está baixando o nível do lago da barragem.

Para evitar colapso no sistema elétrico a administração da hidrelétrica recebeu autorização e reduzir a vazão. O volume de água que entra no lago é menor que a liberação que ocorre no momento. Welter afirma que graças ao controle da hidrelétrica a situação ainda não é tão grave diante da prolongada estiagem.

O engenheiro sanitarista e ambiental relata que a partir da madrugada de sábado iniciou um monitoramento do nível do Rio Uruguai. Controle apontou queda de 10 centímetros no volume de água em Itapiranga. O monitoramento ocorre na estação instalada pelo Serviço Geológico do Brasil, em Itapiranga. Welter diz que este impacto não compromete captação de água para as estações de tratamento, sendo duas do município e duas das agroindústrias da JBS aves e suínos.

Travessia da balsa também está mantida

São adotadas medidas especiais de cuidados na travessia entre Itapiranga e Barra do Guarita, porém com serviço tendo sequência para veículos de todos os tamanhos e pedestres. Welter considera que o monitoramento e o controle de vazão devem ter o máximo de cuidados para estabelecer novos parâmetros sobre o nível de água do Rio Uruguai.

Trabalho com hidrelétricas e órgãos nacionais é inédito

As ações são debatidas pelo comitê de crise da bacia hidrográfica do Rio Uruguai. O engenheiro valoriza o diálogo que está ocorrendo com a Agência Nacional de Água e o Operador Nacional do Sistema Elétrico, além do envolvimento de órgãos ambientais. Welter observa que a região registrou volume de chuva de aproximadamente 50 milímetros na semana passada e isso aumentou o volume de água de pequenos afluentes do Rio Uruguai.

Caso a estiagem persistir, o problema vai se agravar nos próximos dias, exigindo uma análise constante sobre ações conjuntas para garantir, qualidade de água para diversos fins. Welter chama atenção são vários meses com chuva insuficiente para elevar o nível do Rio Uruguai e a projeção não é otimista. O engenheiro sanitarista e ambiental informa que a união de órgãos responsáveis pela qualidade da água e a geração de energia é fundamental para reduzir o impacto negativo da estiagem.

Na manhã de sexta-feira, 08, a marcação na régua no Porto Aarui estava em 40 centímetros. Na tarde desta segunda-feira, 11, 30 centímetros.

Foto(s): Diógenes Di Domenico/ Portal Peperi

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