Rede Peperi

A preocupação aumentou nos últimos dias em virtude da identificação de insetos infectados podendo gerar grandes prejuízos aos produtores.

O extencionista da Epagri de Itapiranga, agrônomo Juliano Encarnação cita que nem todas as cigarrinhas são transmissoras de doenças. Quando contaminada, a praga causa o enfezamento pálido ou vermelho e a virose da risca, que são percebidas somente após o florescimento, já no estágio final da planta. Por ser uma doença silenciosa, a queda na produção pode chegar até 90% da cultura do milho.

Segundo Julinano Encarnação, existe um Programa no Estado de Santa Catarina, o Monitora Milho SC, com envolvimento de diversos órgãos de pesquisa visando auxiliar o produtor rural. Informações são disponibilizadas em 22 pontos monitorados no estado, incluindo Itapiranga, São Miguel do Oeste e Dionísio Cerqueira.

O agrônomo explica que são colocadas armadilhas semanais para coleta da cigarrinha e análise em laboratório para avaliar a situação da praga. Os dados servem para que o produtor monitore as lavouras, principalmente no período crítico que é a fase inicial da planta.

Cuidado do produtor rural é fundamental para evitar a proliferação de insetos. O agrônomo da Epagri observa que o ataque de cigarrinha-do-milho causa uma doença silenciosa e que precisa o máximo de atenção e combate com produto químico, seguindo orientações técnicas.

Encarnação diz que o monitoramento é constante inclusive com maior alerta para a Safrinha do Milho, pois lavouras em diferente estágios de desenvolvimento permitem a migração da praga de uma propriedade para outra.

O extencionista alerta que a cigarrinha tem grande capacidade de voo, podendo migrar para diversas lavouras.