09.05.2024 às 17:42h - atualizado em 10.05.2024 às 08:35h - Chuvas

Cedrense relata momentos vividos durante enchente no Rio Grande do Sul

Por: Bruna Karsten São José do Cedro - SC

Cedrense relata momentos vividos durante enchente no Rio Grande do Sul

Em contato com a Reportagem da Rede Peperi, Daliane Toigo contou que percebeu uma alteração climática significativa a partir da quinta-feira (02) da semana passada, com o forte volume de chuvas que ocorreram na madrugada, as quais já estavam acontecendo na região de serra e no município de Santa Maria/RS.

Destaca que por Porto Alegre/RS ser uma cidade de densidade demográfica grande, a água escoa com mais dificuldade, fato que trouxe uma certa preocupação para ela e seu esposo.

Diante disso, começaram a ser emitidos os alertas da Defesa Civil e do Governo do Rio Grande do Sul, avisando que uma enchente se aproximava.

Nos alertas constavam que a proporção da enchente seria equivalente à ocorrida no mês de setembro de 2023.

Daliane reside na região ribeirinha próxima ao Rio Guaíba, especificamente no Bairro São Geraldo, e contou à reportagem que na pior das hipóteses sua família poderia ficar ilhada, uma vez que seu apartamento fica em um andar mais alto.

Porém a situação foi ficando cada vez pior e os furtos às residências começaram a acontecer de maneira violenta, o que a motivou buscar maneiras de sair do município e retornar para São José do Cedro em Santa Catarina.

O retorno de Daliane e seu filho César Augusto, de dois anos de idade, aconteceu nesta quarta-feira (08), após eles receberem a informação de que as aeronaves que chegavam com os mantimentos aos atingidos estavam retornando vazias e poderiam estar dando carona para ela e sua família. Diante disso, ela pegou uma sacola com os itens essenciais e com comida para seu filho e se deslocaram até o ponto onde os voluntários estavam recebendo as doações.

Daliane explicou que ficou aguardando por aproximadamente 1h30min até conseguir embarcar em uma aeronave que estava retornando e passaria por Chapecó/SC. Ainda, mencionou que seu esposo, César Gallina, também é cedrense, porém nao retornou junto com ela por ser soldado da Brigada Militar do Rio Grande do Sul e estar trabalhando nos resgates e no policiamento do condomínio onde residem.

A cedrense ainda enfatizou que a situação é muito mais crítica do que se imagina, com muitas pessoas desabrigadas e cidades que ainda serão atingidas pelas águas dos rios, a exemplo do município de Pelotas/RS.

Disse também, que tem pessoas passando muita necessidade, sem possibilidade de chegar a um abrigo, muitas pessoas desaparecidas, embaixo da água e que acho que essa luta ainda vai ser muito grande. Pois essas pessoas vão precisar de muita oração, de muita ajuda material e psicológica.

Foto(s): Daliane Toigo

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