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A Polícia Civil de Santa Catarina cumpriu nesta quarta-feira, 09, um mandado de busca e apreensão na fazenda do empresário e ex-assessor do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, Airton Antonio Soligo. Conhecido como Airton Cascavel, ele foi preso suspeito de estuprar uma jovem de 18 anos em Joinville, no Norte catarinense.

A defesa do homem ainda não se manifestou e nesta quarta, a Justiça de Roraima decidiu manter a prisão do empresário.

O mandato da Polícia Civil catarinense foi cumprido no estado roraimense, por volta das 10h desta quarta. Segundo o delegado Pedro Alves, nada de ilícito ou relevante para as investigações foi encontrado.

Conforme as investigações da polícia, a suspeita é de que o abuso sexual teria sido praticado na casa da mãe do investigado, em Joinville. A vítima seria uma jovem que trabalhava cuidando da proprietária da residência. O inquérito policial está em andamento.

Soligo já é réu em um processo por suspeita de estuprar uma criança da própria família. Ao aceitar a denúncia do Ministério Público, em setembro de 2021, o juiz responsável pelo caso imputou ao empresário as acusações de estupro contra vulnerável, com o aumento da pena em razão do acusado ser parente da vítima. O caso está em segredo de Justiça.

O suspeito tem 57 anos. O mandado de prisão foi expedido pela 1ª Vara Criminal de Justiça de Santa Catarina.

A denúncia contra o suspeito foi feita a partir de uma ligação realizada pelo telefone 181. Após a investigação, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva do empresário. O disque denúncia 181 permite fazer denúncias anônimas.

O empresário ganhou projeção nacional após ser ouvido pela CPI da Covid no Senado sobre sua atuação no Ministério da Saúde como assessor do ex-ministro Eduardo Pazuello. Ele também foi apontado como "número 2 informal" na gestão. Após a sua passagem pelo ministério, ele assumiu o cargo de secretário da Saúde de Roraima, mas ficou no posto por pouco mais de dois meses.