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O setor de epidemiologia de Itapiranga está em alerta e com motivos de grande preocupação com a Dengue.

A observação é do Agente de Endemias da Secretaria Municipal da Saúde, Wander Grings. De acordo com ele, o mais alarmante nem é o fato da equipe já ter registrado 49 focos neste ano em 25 armadilhas em toda área urbana considera infestada pelo mosquito transmissor da doença, e sim, porque municípios vizinhos enfrentam grandes dificuldades com a dengue e Itapiranga pode sofrer as consequências por falta de cuidado de parte da população.

Grings cita que a temporada de calor e com chuvas frequentes nos últimos dias agrava a situação. Caixas de água são referência para a proliferação de mosquito e sem receberem a devida atenção dos proprietários de imóveis. É comum a constatação de falta de cuidados ou reservatórios colocados em local de difícil acesso.

Wander Grings ressalta a importância de coletar água da chuva, porém com os devidos cuidados no armazenamento e o uso no máximo em 14 dias. A água parada por longo período tem grande possibilidade de ser um local de reprodução de mosquito. Neste caso, a prevenção é negligenciada e pode ocorrer represália aos responsáveis.

A equipe da Vigilância Sanitária identificou mais de cinco mil imóveis em área infestada na cidade de Itapiranga. Wander Grings afirma que esta quantidade dificulta o trabalho dos quatro profissionais que atuam no controle da dengue.

Denúncias e reincidências de focos em caixas de água são comuns em Itapiranga. Terrenos baldios também são motivos de preocupação e passiveis de infrações e notificações dos responsáveis. O Agente de Endemias da Secretaria Municipal da Saúde afirma que terrenos baldios dificultam o trabalho dos profissionais das endemias. Uma alternativa é o trabalho conjunto com o setor de tributos para monitorar proprietários de imóveis ou terrenos baldios de difícil acesso.

Wander Grings lembra que Itapiranga é um dos poucos municípios da região sem casos de dengue.