07.06.2024 às 08:15h - atualizado em 07.06.2024 às 08:21h - Saúde

Explosões de casos de coqueluche na Europa acendem alerta em SC

Ricardo Orso

Por: Ricardo Orso São Miguel do Oeste - SC

Explosões de casos de coqueluche na Europa acendem alerta em SC
Foto: Julia Prado/ Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde publicou uma nota técnica na quarta-feira, 5, em que recomenda ampliar, em caráter excepcional, e intensificar a vacinação contra a coqueluche no Brasil devido a surtos da doença na Europa e na Ásia. Em Santa Catarina, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC) também reforça a busca pelo imunizante, que faz parte do calendário de vacinas.

— Não só coqueluche, mas o sarampo também tem circulado de forma bastante intensa na América do Norte e na Europa. No momento, a gente não tem nenhuma campanha definida, mas são vacinas que já estão no calendáriode vacinação — fala João Fuck, diretor da Dive/SC.

O documento divulgado pelo Ministério da Saúde indica a ampliação da vacinação da dTpa (tríplice bacteriana acelular tipo adulto), que combate difteria, tétano e coqueluche. A recomendação é principalmente para trabalhadores da saúde que atuam em serviços de saúde públicos e privados, ambulatorial e hospitalar, com atendimento em ginecologia e obstetrícia e parto e pós-parto imediato.

Ainda de acordo com a nota, profissionais que atuam como doula, acompanhando gestantes durante os períodos de gravidez, parto e pós-parto; além de trabalhadores que atuam em berçários e creches onde há atendimento de crianças com até quatro anos, também devem ser imunizados.

No Brasil, o último pico epidêmico de coqueluche ocorreu em 2014, quando foram confirmados 8.614 casos. Segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, foram 649 casos confirmados nos últimos 10 anos da doença em Santa Catarina. Somente em 2014, foram 244 diagnósticos no Estado.

— A gente vem em um resgate das coberturas vacinais aqui no Estado. Não são as coberturas ideais, mas a gente vê que elas estão aumentando. E se a gente consegue elevar essas coberturas, certamente protegemos as crianças e a população contra essas doenças que estamos vendo relatos, como é o caso da coqueluche na Europa, por exemplo, com muitos casos acontecendo — diz o diretor.

Fonte: NSC

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