06.03.2023 às 20:05h - atualizado em 07.03.2023 às 07:55h - Justiça
Após cerca de 11 horas, o primeiro dia de julgamento dos acusados de mandar matar o advogado Joacir Montagna, em 13 de agosto de 2018 em Guaraciaba enquanto estava trabalhando em seu escritório, foi encerrado na noite desta segunda-feira, 06, no plenário da Câmara de Vereadores de São Miguel do Oeste. O júri prossegue na terça-feira, 06, quando serão ouvidas novas testemunhas.
Os réus, César Gastão Fonini, Maria Delurdes Fonini são julgados por homicídio triplamente qualificado e associação criminosa. Já Adelino José Dala Riva, é julgado por associação criminosa. Ele já foi julgado no primeiro júri por homicídio duplamente qualificado e foi condenado na ocasião a 34 anos.
O Ministério Público ainda aponta que o grupo foi o que arquitetou e contratou os criminosos que cometeram o assassinato.
No primeiro dia de julgamento foram sorteados os jurados, quatro homens e três mulheres. Prestaram depoimentos três policiais civis que participaram das investigações. Entre eles o Delegado Wesley Andrade, que na época era responsável pela Divisão de Investigação Criminal (DIC). Ele trouxe detalhes de como ocorreram as investigações e como foi possível desvendar toda a trama.
Nesta terça-feira, 07, serão ouvidos testemunhas de defesa e o Ministério Público pretende apresentar as provas colhidas durante as investigações.
Denúncia:
Segundo a denúncia, no dia 13 de agosto de 2018, dois acusados saíram de carro de Chapecó para Guaraciaba. Um terceiro foi de motocicleta cuja placa era clonada e o número do motor adulterado. Nas proximidades do trevo de Guaraciaba, o executor embarcou na moto e os dois foram até o escritório da vítima.
Sem retirar o capacete, ele teria anunciado um “assalto” para as funcionárias do escritório e pediu para levá-lo ao “doutor”. Quando todos deitavam no chão, o acusado teria atirado na cabeça de Joacir Montagna, que morreu no local.
Os acusados teriam fugido de motocicleta, a qual teria sido abandonada no interior do município de Guaraciaba. Depois, eles teriam voltado de carro para Chapecó. O contratante teria pago pelo crime R$ 7.500,00 em dinheiro, além de uma arma de fogo. Ainda segundo a denúncia, o tio dos irmãos teria realizado a venda de uma arma de fogo e a transportado para outro estado no interior de um ônibus.
De acordo com a denúncia, o casal contratou um homem para cuidar da morte do advogado. Esse contratado acionou o atirador que, por sua vez, chamou os dois irmãos e um tio para participar do crime. Segundo investigação, o motivo era para facilitar as tratativas de um possível acordo em uma Ação de Cumprimento de Sentença, em que a vítima atua como advogado da parte contrária e não atendia aos desejos e propostas da família processada para o desfecho da ação judicial.
Primeiro julgamento
No primeiro julgamento, em 2019, cinco homens foram condenados pela execução da morte, cujas penas somaram 138 anos de prisão.
Assista:
Foto(s): Marcos de Lima / Portal Peperi
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