05.08.2025 às 20:13h - atualizado em 05.08.2025 às 23:26h - Geral

Motta encerra sessão e chama reunião de líderes após oposição ocupar plenário da Câmara

Ricardo Orso

Por: Ricardo Orso São Miguel do Oeste - SC

Motta encerra sessão e chama reunião de líderes após oposição ocupar plenário da Câmara
Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), cancelou a sessão desta terça-feira (5) da Casa e convocou reunião de líderes partidários para a quarta-feira (6). A ação ocorre após a oposição ocupar a mesa diretora da Câmara.

“Acompanho a situação em Brasília desde as primeiras horas do dia de hoje, inclusive o que vem acontecendo agora à tarde no plenário da Câmara”, escreveu nas redes sociais Motta.

“Determinei o encerramento da sessão do dia de hoje e amanhã chamarei reunião de líderes para tratar da pauta, que sempre será definida com base no diálogo e no respeito institucional. O Parlamento deve ser a ponte para o entendimento”, finalizou.

Desde a tarde desta terça-feira (5), oposicionistas aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro obstruem a pauta do Congresso, usando esparadrapo na boca e ocupando a mesa diretora da Câmara em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente.

A ideia é pressionar os presidentes da Câmara e do Senado Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), respectivamente, a pautar a anistia aos presos do 8 de janeiro, incluindo Bolsonaro, e o impeachment de Moraes.

Há pouco, Alcolumbre chamou o ato de “exercício arbitrário” e também convocou reunião de líderes partidários, mas sem data definida.

Entenda

Ao determinar a detenção domiciliar de Bolsonaro, Moraes afirmou que o ex-presidente repetiu as violações das determinações judiciais impostas pelo STF.

A decisão aponta conduta “deliberada e consciente” do ex-presidente para obstruir investigações, coagir autoridades e desrespeitar a Justiça.

Entre as novas restrições, estão o veto total a visitas — exceto advogados constituídos e familiares próximos —, proibição de celulares, gravações e qualquer forma de comunicação com embaixadores ou demais investigados.

Moraes reiterou que qualquer nova violação resultará no decreto imediato da prisão preventiva, conforme prevê o Código de Processo Penal.

O processo em curso, PET 14129, investiga crimes como coação no andamento de processos, obstrução de investigações sobre organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Fonte: R7

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