05.03.2025 às 09:08h - atualizado em 05.03.2025 às 09:52h - Geral
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz a jornada semanal de trabalho e põe fim à escala 6x1 tem gerado debate entre os parlamentares da região. A medida, protocolada na Câmara dos Deputados na semana passada, propõe que a carga horária passe de 44 para 36 horas semanais, com quatro dias trabalhados e três de descanso.
O tema foi discutido no programa Peperi Entrevista, que ouviu opiniões divergentes de dois deputados federais. O petista Pedro Uczai defendeu a proposta, destacando benefícios para os trabalhadores e para a economia. Já a deputada Daniela Reihner, do PL, criticou a PEC, apontando riscos para empresas e a geração de empregos.
A favor: "Valoriza a vida além do trabalho"
O deputado Pedro Uczai (PT) acredita que a redução da jornada fortalecerá a economia e a produtividade. Para ele, a mudança melhora a qualidade de vida dos trabalhadores e reduz problemas de saúde ligados à sobrecarga de trabalho.
— O modelo atual está adoecendo as pessoas. Uma jornada menor significaria menos afastamentos por doenças e maior eficiência no trabalho — argumentou.
Uczai também rebateu a ideia de que a medida prejudicaria as empresas, afirmando que um trabalhador descansado e satisfeito produz mais.
:::confira na íntegra a entrevista com o Pedro Uczai:::
Contra: "Medida populista e sem estudos"
Já a deputada Daniela Reihner (PL) se opôs à PEC, alegando que não há estudos sobre o impacto econômico da mudança. Segundo ela, a proposta pode aumentar os custos das empresas e comprometer empregos.
— Não sabemos se as empresas vão conseguir bancar essa redução sem demissões ou perda de competitividade — destacou.
Reihner também criticou a proposta por considerar que ela enfraquece a cultura do trabalho no país, além de ser um risco para estados como Santa Catarina, que já enfrenta falta de mão de obra.
:::confira na íntegra a entrevista com o Daniela Reihner:::
A PEC segue em discussão na Câmara e ainda precisará passar por diversas etapas antes de uma possível aprovação. O debate, no entanto, já mobiliza parlamentares e setores produtivos.
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