05.01.2020 às 10:56h - atualizado em 05.01.2020 às 13:16h - Educação

Diretor do CEJA deixa o magistério após 37 anos de atuação

Anderson Luís

Por: Anderson Luís Itapiranga - SC

Diretor do CEJA deixa o magistério após 37 anos de atuação

O professor Paulino Eidt comandou o Centro de Educação de Jovens e Adultos desde 2015.

Ele destaca que nos 4 anos e 6 meses que atuou nos municípios de Itapiranga, São João do Oeste, Tunápolis, Santa Helena e Iporã do Oeste teve comprometimento com alunos que precisam de uma atenção maior para participarem de um processo de inclusão.

O professor lamenta a defasagem que ainda existe no ensino aprendizagem. Destaca que não é o ideal ter alunos com necessidade de frequentar o CEJA, pois isso ocorre devido à evasão escolar no ensino fundamental e médio.

Outro público deste sistema de ensino é formado por pessoas que retornam à escola após idade superior a 50 anos devido à necessidade de formação para continuarem no mercado de trabalho.

Segundo Paulino, a função do professor é muito nobre, porém alguns não fazem jus a esta profissão. Observa que em qualquer atividade é preciso ter a missão de fazer o melhor na condição de empresário, empregado ou funcionário público.

O professor chama atenção que a qualidade da educação depende de boa formação dos educadores e isso nem sempre ocorre. Lembra a trajetória que iniciou na escola primária de linha Glória, interior de Itapiranga, em 1984.

Em seguida autuou na escola de São Ludgero, passou por educandários na cidade até chegar ao ensino superior. No final da carreira relata experiências exitosas no CEJA, com prêmio nacional em 2017 com a medalha professor Paulo Freire.

Também está entre os destaques a implantação da educação geral com formação técnica em parceria do CEJA com as prefeituras de São João do Oeste e Iporã do Oeste e o Instituto Federal.

O professor e escritor Paulino Eidt é graduado em História e Geografia, especialista em Geografia econômica, Mestre em Educação nas Ciências e Doutor em Ciência Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

O livro Os sinos se dobram por Alfredo, publicado em 2016, teve grande repercussão e pode virar filme ou minissérie. Ele diz que escrever mais livros é algo viável após a aposentadoria. Lembra que nos 37 anos em que esteve em sala de aula procurou cumprir sua missão.

A partir de agora vai analisar o que é melhor para a vida pessoa e familiar. O objetivo é trabalhar em um livro para contribuir com novas gerações e deixar um legado.

Salienta ainda que foi gratificante a carreira de professor e sai do magistério agradecido a tudo que conquistou, que contribuiu e vivenciou.

Cita ainda que os professores precisam confiar em maior valorização, pois o Brasil precisa priorizar a educação.

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