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Os municípios de Belmonte, Bandeirante e Descanso, enfrentaram um surto de raiva em 2024, com diversos casos confirmados entre os meses de maio e outubro.

Conforme o médico veterinário Diogo Gaddotti, responsável pela Cidasc de Descanso, que também atende a esses municípios, a situação já está sob controle, mas a vacinação dos animais continua sendo a principal medida de prevenção.

Gaddotti explicou que os primeiros casos suspeitos de raiva começaram a ser identificados no final de maio, com os primeiros registros em Bandeirante. Em seguida, outros casos foram confirmados em Belmonte e Descanso.

A doença afetou principalmente bovinos, sendo transmitida por morcegos hematófagos (morcegos vampiros), que atacam mamíferos, com destaque para os bovinos. Ele lembra que todos os mamíferos, inclusive os próprios morcegos, podem ser contaminados pela doença.

O especialista fez um apelo para que os produtores se atentem à importância da vacinação contra a raiva, especialmente em regiões de fronteira e áreas próximas a rios, onde os morcegos são mais comuns, conforme o médico veterinário explica agora.

O médico veterinário explica que a raiva é uma doença de grande impacto econômico e sanitário. Além das perdas financeiras causadas pela morte de animais, ela também representa um risco à saúde humana, pois é uma zoonose com evolução fatal. Por isso, o controle da doença é uma prioridade para as autoridades sanitárias.

Embora a raiva tenha sido detectada com maior intensidade neste ano, o médico veterinário da Cidasc ressaltou que casos da doença já ocorreram esporadicamente na região em anos anteriores, principalmente nas áreas de fronteira, no entanto em 2024, a quantidade de casos foi mais expressiva, com registros de síndrome neurológica confirmada em um volume maior do que o habitual.