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O psicólogo Abel Peter, que atua na região, alerta para os riscos associados ao uso excessivo de celulares, tablets e outros dispositivos digitais por crianças e adolescentes. Segundo ele, o tempo diário de exposição superior a duas horas pode causar problemas como ansiedade, depressão, distúrbios do sono, isolamento social e alterações comportamentais.

Peter destaca que muitos dos sintomas observados como impulsividade, agressividade, insônia, queda no rendimento escolar e comportamentos desafiadores podem ser confundidos com transtornos como autismo, TDAH e transtorno opositor desafiador. Ele também faz um alerta sobre os jogos online, que permitem a interação com adultos, aumentando os riscos para crianças e adolescentes.

Explicando os efeitos neurológicos, o psicólogo detalha que entre os 6 e 21 anos o cérebro passa por um processo chamado poda sináptica uma fase natural de refinamento das conexões neurais. Quando há hiperestimulação digital, esse processo pode se tornar desregulado, resultando em uma eliminação excessiva de conexões, conhecida como apoptose atípica. Esse desequilíbrio pode contribuir para o desenvolvimento de transtornos graves como esquizofrenia, autismo e depressão.

Abel Peter enfatiza a importância de um uso controlado e consciente das telas, especialmente durante esse período crítico do desenvolvimento cerebral. Ele orienta que pais e responsáveis estejam atentos aos sinais, limitem o tempo de exposição e evitem que crianças e adolescentes passem longos períodos isolados diante de dispositivos eletrônicos.

Mais informações e orientações podem ser acompanhadas pelo Instagram do especialista: @petterabel