04.05.2023 às 13:00h - atualizado em 04.05.2023 às 14:46h - Geral

Problemas na venda de carnes gera polêmica em Itapiranga

Diana Isabel

Por: Diana Isabel Itapiranga - SC

Problemas na venda de carnes gera polêmica em Itapiranga
Foto: Ilustrativa

Itapiranga enfrenta uma polêmica devido a constatação de irregularidades em entreposto de comercialização de carnes e açougues. Foram feitas notificações, incluindo multas significativas para estabelecimentos da cidade que não cumpriam com as exigências.

Segundo o Coordenador do Núcleo de Alimentos da Assemit, Pedro Paulo Pereira, uma das medidas adotadas é referente ao esclarecimento de dúvidas dos empresários. Na próxima segunda-feira, 08, terá um bate papo para os empresários, especialmente para os proprietários de estabelecimentos com entreposto de carne e açougues. Profissionais da Cidasc de São Miguel do Oeste estarão no auditório da Associação Empresarial de Itapiranga para falar com os responsáveis pela comercialização de carnes e derivados.

Pedro Paulo Pereira lembra que a lei é antiga e somente está sendo cobrado o que é regulamentado, visando a qualidade dos alimentos que são oferecidos. Ele reconhece que ocorrem divergências e dúvidas sobre as fiscalizações, porém, garante que os responsáveis possuem conhecimento e preocupação em oferecer alimento de qualidade. O Coordenador do Núcleo de Alimentos da Assemit evita apontar responsáveis pelas notificações e cita a importância de ter o máximo de cuidado na manipulação de alimentos e comercialização de carnes e derivados.

Pedro Paulo Pereira reconhece que multas para estabelecimentos geram preocupação e desperta maior necessidade de interpretações corretas da lei. Ele argumenta que o bate papo com a Cidasc vai ser fundamental para melhorar os cuidados com a manipulação de alimentos.

Pereira ressalta que o cliente merece segurança total na qualidade dos alimentos que está comprando, seja carne, linguicinha, salame ou outros produtos. O Coordenador do Núcleo de Alimentos informa que estão previstas capacitações visando seguir em todos os detalhes as normativas municipais, estaduais e federais. As medidas visam garantir que o cliente tenha alimento de origem segura. A preocupação do Núcleo é dar tranquilidade aos empresários para trabalharem sem risco de consequências desagradáveis em fiscalizações dos órgãos responsáveis. Pereira avalia que a vigilância sanitária possui profissionais capacitados para orientações e também fiscalização. Cita ainda que é preciso que todos caminhem no mesmo sentido, empresários, funcionários e órgãos fiscalizadores.

Conforme o médico veterinário da Cidasc de São Miguel do Oeste, Alexandre Schwengber, coordenador regional do Serviço de Inspeção Estadual, o foco principal nas fiscalizações está nas boas práticas de fabricação nos entrepostos em mercados e açougues. Ele reforça que todos os envolvidos conhecem a legislação sobre manipulação de alimentos de origem animal.

Alexandre Schwengber considera que o esclarecimento de dúvidas pode contribuir para maior eficiência no serviço de manipulação de alimentos. O veterinário da Cidasc menciona que existem casos em que o estabelecimento possui autorização para manipulação, mas não cumpre as exigências. Schwengber avalia que a região é bem servida de inspeção municipal e defende que os proprietários, serviço de inspeção e vigilância sanitária precisam do mesmo entendimento para oferecer um produto de qualidade ao consumidor.

Os problemas constatados em estabelecimentos de Itapiranga foram de falta de instruções nos rótulos. Conforme o veterinário responsável pela inspeção municipal, José Saldanha, as situações poderiam ser evitadas com maior atenção. Ele ressalta que a inspeção municipal libera o funcionamento dos estabelecimentos após o proprietário apresentar completa documentação necessária. Saldanha alerta que o proprietário deve ter um responsável técnico, que será o braço direito para o correto funcionamento.

O veterinário observa que não se pode infringir leis superiores. Cita como exemplo, que portaria e decreto estadual de setembro de 2022 liberam determinados estabelecimentos para produção de carnes temperadas, porém não tem autorização de produzir embutidos.

As irregularidades foram constatadas em força tarefa coordenada pelo Ministério Público e participação de vários órgãos. O veterinário responsável pela inspeção municipal, José Saldanha lembra que dois estabelecimentos não apresentaram conformidades de acordo com a rotulagem dos embutidos. Ele diz que algumas situações exigem adequações nas instalações, como climatização e salas especificas para cada setor. O problema está no investimento necessário e espaço para as adequações. Saldanha reforça que o responsável técnico precisa estar atento a rotulagem sobre ingredientes na industrialização de alimentos.

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