Rede Peperi

Uma iniciativa do colegiado de secretários de Agricultura e Meio Ambiente da Ameosc decidiu pela criação de um projeto de compostagem de animais mortos para fabricação de adubo orgânico. De acordo com o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de São João do Oeste, Rogério Rech, a destinação inadequada dos animais mortos é um problema sério enfrentado em toda a região que precisa de uma solução definitiva para evitar poluição e riscos de transmissão de doenças entre as propriedades.

Ele observa que quando os animais mortos são depositados a céu aberto, acabam sendo consumidos por urubus, que muitas vezes, carregam pedaços da carcaça de um local para outro, aumentando o risco de transmissão de doenças como tuberculose e brucelose entre rebanhos vizinhos. Rech salienta que o assunto foi debatido pelo colegiado, que usou como base para a busca de soluções, um projeto existente no Paraná há vários anos que consiste na recolha de carcaças para compostagem e transformação em adubo orgânico.

O secretário destaca que representantes da região foram conhecer de perto o projeto, que funciona de forma legal e amparado por todas as licenças ambientais necessárias. A nível regional, a ideia é incentivar a iniciativa privada a investir na infraestrutura necessária, já que o Poder Público possui limitações nesse quesito para oferecer o serviço à população. Aos municípios, por meio do Conder Ambiental, caberá organizar a logística de recolha dos animais mortos para levá-los até o local da compostagem, o que deverá ocorrer por meio de licitação de uma empresa para realizar o transporte.

Rogério Rech garante que desse modo, será resolvido um sério problema ambiental, sem criar nenhum outro, visto que os caminhões para o transporte são fechados e não entram nas propriedades, mas somente até um local seguro para a coleta, indicado pelos próprios agricultores. O secretário de Agricultura e Meio Ambiente de São João do Oeste destaca que a expectativa é que o projeto avance já no mês de março com a publicação do edital para contratação da empresa que prestará o serviço. Para ele, é de fundamental importância que a região tenha a logística em funcionamento.

OUÇA A ENTREVISTA