03.12.2025 às 08:38h - Geral

Operação da PF mira hackers que atacam sites oficiais estratégicos

Ricardo Orso

Por: Ricardo Orso São Miguel do Oeste - SC

Operação da PF mira hackers que atacam sites oficiais estratégicos
Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação nesta quarta-feira, 3, contra uma associação criminosa especializada na oferta de serviços ilegais de ataques hacker a sites institucionais, como os de órgãos do governo e de segurança pública.

Segundo as investigações, os suspeitos da operação promoveram ofensivas digitais a órgãos considerados estratégicos, como Polícia Federal (PF), Serpro (Empresa Nacional de Inteligência em Governo Digital e Tecnologia da Informação), Dataprev e o Centro Integrado de Telemática do Exército Brasileiro.

A operação é chamada de Power OFF — que significa desligar a energia, em tradução livre do inglês —, e mira a atuação de criminosos especializados no formato de negação de serviço distribuído (DDoS – Distributed Denial of Service) sob demanda, conhecidos como booters e stressers.

Segundo as investigações, as plataformas permitem que qualquer pessoa, mesmo sem conhecimento técnico, contrate um ataque hacker no formado DDoS mediante pagamento.

Os serviços são hospedados em servidores de nuvem distribuídos em diversos países e utilizados por agentes em escala mundial.

Nessa quarta-feira, 2, a PF também fez uma operação contra criminosos acusados de usar o mesmo tipo de ataque para derrubar sites institucionais de parlamentares que se manifestaram a favor do projeto de lei que equipara aborto a homicídio.

Mandados de prisão

A PF cumpre quatro mandados de busca e apreensão e dois de prisão em endereços de São Paulo (SP), São Caetano do Sul (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Tubarão (SC).

Os alvos são administradores das plataformas ilegais e usuários que contrataram os serviços para realizar ataques contra sistemas de alta relevância.

As investigações contaram com cooperação policial internacional do FBI (Federal Bureau of Investigation), dos Estados Unidos.

Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa e interrupção ou perturbação de serviço telemático ou de informação de utilidade pública, previstos na legislação penal brasileira.

Fonte: G1

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