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O homem acusado de matar a estudante de pós-graduação Catarina Kasten, de 31 anos, na trilha da Praia do Matadeiro, em Florianópolis, teria agido de forma premeditada. De acordo com a denúncia apresentada à Justiça na segunda-feira, 1º, o crime foi cometido mediante emboscada, pois o denunciado se escondeu atrás de uma lixeira para monitorar a movimentação no local, como registraram imagens de câmeras de segurança da comunidade.

Quando Catarina passou pela trilha, por volta das 7h, o acusado teria aplicado um golpe de imobilização conhecido como “mata-leão”, de acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Em seguida, arrastou a vítima para um ponto isolado da mata, onde teria cometido o crime de estupro e matado a vítima por estrangulamento usando um cordão/cadarço.

Após o assassinato, o corpo de Catarina foi arrastado para uma área de difícil acesso, entre pedras e vegetação, longe da trilha principal, para dificultar a localização.

Por quais crimes o homem deve responder

O homem deverá responder por feminicídio, crime praticado por menosprezo à condição de mulher, com três qualificadoras: morte por asfixia, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e ação para assegurar a ocultação do cadáver.

Ele também foi denunciado por estupro, cometido mediante violência e com agravante de emboscada. Além disso, responderá por ocultação de cadáver, já que arrastou o corpo da estudante para um local de difícil acesso e visualização.

O que diz o promotor

Segundo o promotor de Justiça, o crime se caracterizou “pelo menosprezo à condição de mulher, haja vista que o denunciado utilizou a vítima como mero objeto para seu prazer sexual e, após a sua satisfação, acabou com a vida dela”.

A denúncia ainda afirma que o homem agiu com intenção de matar Catarina, de forma consciente e voluntariamente “por razões da condição do sexo feminino”.