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Após reunião com a Secretaria Nacional do Consumidor, na qual os donos da 123 Milhas não apresentaram um plano de ressarcimento aos clientes que tiveram os pacotes cancelados, a Justiça Federal proibiu que os empresários saiam do país. As informações são do portal R7.

Além disso, a Justiça autorizou a condução coercitiva deles à CPI das Pirâmides Financeiras, caso não compareçam à Câmara dos Deputados na data marcada.

Na sentença, o juiz Edison Grillo determinou que os sócios Ramiro Julio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira sejam impedidos de deixar o Brasil até que prestem depoimento à CPI, prevista para a próxima quarta, 06. Se eles não forem por vontade própria, a Polícia Federal está autorizada a conduzi-los coercitivamente.

Nesta sexta, 1º, os empresários se reuniram com Secretaria Nacional do Consumidor, em Brasília, mas o encontro não teve resoluções. A expectativa era que fosse apresentado um plano de ressarcimento para os clientes que tiveram passagens canceladas.

Uma nova reunião foi marcada para o dia 14 de setembro. A empresa se comprometeu a informar o número de consumidores prejudicados e as estratégias de compensação.

Cancelamento da linha “PROMO” da 123 Milhas

No dia 18 de agosto, a agência de viagens anunciou a suspensão dos pacotes da linha “PROMO”, que previa viagens de setembro a dezembro deste ano. Na ocasião, o Procon do Rio de Janeiro deu 48 horas a partir do recebimento da notificação para a empresa apresentar explicações.

Em Santa Catarina, entre as milhares de pessoas prejudicadas, está a empresária Maria Fernanda Lages, de Balneário Camboriú, que estava de mudança marcada para Portugal: passagens aéreas compradas desde 30 de maio, casa alugada e emprego no país europeu.

“Desde maio nós já estávamos planejando a mudança. Vendemos um carro, juntamos os valores, estávamos com emprego, com lugar certo para ficar, inclusive aluguel nós já pagamos”, conta a empresária.