03.09.2020 às 12:42h - atualizado em 03.09.2020 às 16:50h - Polícia
Antes de ter a filha roubada do ventre, há exatamente uma semana, a grávida morta em Canelinha, na Grande Florianópolis, revelou a uma amiga que estava desconfiada da insistência que a suposta autora manifestava por uma aproximação e do interesse que ela exibia por sua gestação. A informação foi apresentada em depoimento nessa quarta-feira, 02, à Polícia Civil, por uma testemunha que conhecia ambas as mulheres - a vítima e a suspeita pelo crime.
Conforme o delegado responsável pela investigação, Paulo Alexandre Freyesleben e Silva, todas as testemunhas ouvidas reforçaram a versão de que a gestante de 36 semanas saiu de casa com a autora horas antes de desaparecer. Uma das testemunhas ouvidas contou, em depoimento, que recebeu um convite para o falso chá de bebê, mas que o encontro teria sido desmarcado "em cima da hora" pela suspeita do crime.
- Provavelmente (convidou uma amiga da gestante) para que a vítima se sentisse a vontade em ir com a autora até o chá, pois teria uma amiga muito próxima lá - pondera o delegado.
A mulher presa pelo crime havia contado à polícia que planejou a ação com dois meses de antecedência, no mínimo, porque havia sofrido um aborto anteriormente, mas mantinha o assunto em segredo, motivo porque escolheu uma gestante com tempo de gravidez similar ao que ela estaria.
- O laudo pericial que recebemos apontou que a autora não foi submetida a parto recente. Aparentemente, ela estava grávida em novembro do ano passado, mas perdeu em janeiro. Os três médicos que a atenderam no hospital foram uníssono que não havia vestígio algum de parto recente - acrescenta o delegado, que aguardava novos laudos e a extração do conteúdo existente no telefone celular do casal preso para concluir a investigação.
Além da mulher que admitiu ter cometido o crime sozinha, o marido dela também foi preso em flagrante. Os dois continuam detidos e a participação do homem é investigada pela polícia, de acordo com o delegado:
- Estamos analisando a participação dele, não na execução do crime em si, mas alguma forma de auxílio moral ou material.
Fonte: NSC Total
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