03.03.2021 às 17:03h - atualizado em 03.03.2021 às 19:41h - Agricultura
Organização dos suinocultores na CADEC (Comissão para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação), registra avanços para garantir maior rendimento aos produtores do Extremo Oeste de Santa Catarina. A negociação envolve mais de 300 suinocultores das unidades da JBS de Itapiranga e São Miguel do Oeste, que buscam maior retorno pelo trabalho de integração.
Os argumentos são baseados em leis que estabelecem direitos e deveres da agroindústria e dos produtores. O coordenador da CADEC terminação, unidades da JBS de Itapiranga e São Miguel do Oeste, Renato Reichert, destaca que o compromisso de representar os suinocultores é bastante sério e voluntário. Ele também coordena os suinocultores de São João do Oeste.
A formação das lideranças da CADEC inclui noções jurídicas, organização de reuniões, negociação com a empresa e trabalho de custos de produção. Ele salienta que é preciso ter números e argumentos no momento da negociação com a agroindústria.
Renato Reichert considera que está ocorrendo evolução nesta parceria com mais direitos aos suinocultores e valorização dos integrados. Observa que até mesmo os investimentos com implantação de novas tecnologias dependem da aprovação da CADEC, a Comissão para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração.
A comissão é formada por 10 produtores que representam a categoria. Renato Reichert também salienta que o bom momento da suinocultura nos últimos anos com recorde de exportações e faturamento, gerou elevado lucro para os frigoríficos e este valor também precisa chegar ao produtor. Ele alerta que o aumento de granjas com grandes empresas investindo no setor pode gerar aumento exagerado na oferta de carne suína.
O reajuste de 21% aos suinocultores não foi aceito pela JBS. Produtores argumentam que as perdas estão acumuladas levando em consideração o aumento de energia elétrica, inflação e outros custos nas granjas. Renato Reichert salienta que a segunda proposta foi de 12% para reposição das perdas. A contraproposta da agroindústria foi de 8%.
O acordo deve fechar em 10% atendendo parte das reivindicações. Reichert informa que os avanços na atividade são constantes e cita o apoio do SENAR em treinamentos que geram aperfeiçoamento aos suinocultores. Ele lamenta que a categoria ainda enfrenta resistência da empresa para atender reivindicações para maior remuneração aos integrantes da terminação. Segundo ele, a agroindústria cobra investimentos e não oferece contrapartida da forma proporcional e correta.
Comentar pelo Facebook