02.07.2019 às 09:09h - atualizado em 02.07.2019 às 15:06h - Justiça

Promotor diz que crime foi mercenário e motivado por desacordo comercial

Marcos Meller

Por: Marcos Meller São Miguel do Oeste - SC

Promotor diz que crime foi mercenário e motivado por desacordo comercial

O promotor de justiça João Paulo de Andrade participou do RPN primeira edição de ontem e se manifestou sobre um ponto do caso Montagna que ainda está sem resposta definitiva: por que o advogado foi assassinado?. Mesmo com todo o trabalho de investigação e o farto material probatório levantado por Polícia Civil e Ministério Público, a motivação ainda não foi divulgada oficialmente. João Paulo disse que o júri desta semana envolve um dos núcleos do crime que é formado por Adelino Dala Riva e os três irmãos que ele contratou para matar o advogado. Segundo o promotor, pode existir um outro núcleo de mandantes acima de Adelino. Ele explicou que o Ministério Público tem certeza de que se trata de um crime mercenário e que o assassinato de Joacir Montagna foi motivado por desacertos comerciais.

O promotor afirmou que o advogado foi morto em razão da atividade profissional. Joao Paulo de Andrade comentou que, neste momento, a promotoria não pode dimensionar qual o efetivo desacerto entre Joacir Montagna e um cliente. O atirador, Lucas Gomes dos Santos, afirmou que Adelino Dala Riva o contratou porque teria ficado insatisfeito com um trabalho prestador por Montagna. Lucas disse que Dala Riva queria vingança. Como o mandante nega a versão, o promotor afirmou que esse é um ponto que ainda não está claro e que pode haver mais de um núcleo de mandantes acima dos acusados que estão no banco dos réus. A situação está sendo investigada pela Polícia Civil em um novo inquérito em curso. Mas, o promotor reforçou que não tem dúvida de que Montagna foi morto em razão da atividade profissional da advocacia.

O promotor de justiça também confirmou que a acusação vai pedir a condenação dos cinco acusados porque as provas são “completamente conclusivas”. João Paulo de Andrade destacou que os acusados formaram um grupo criminoso que resolveu praticar um homicídio mercenário. Segundo o promotor, o primeiro núcleo do crime envolve Adelino Dala Riva, acusado de contratar Lucas Gomes dos Santos para executar o advogado Joacir Montagna. O promotor disse que existe uma espécie de sub-núcleo formado pelos executores diretos de Montagna. Lucas, o atirador, chamou os irmãos David e Abel para cometer o assassinato. O tio deles, José de Almeira, teria fornecido a arma e auxiliado na fuga de David para o Paraná depois do crime. O promotor confirmou que a polícia investiga um terceiro núcleo de mandantes que estaria acima de Dala Riva.

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