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A criação de empregos formais em São Miguel do Oeste segue em ritmo mais lento em 2025, confirmando uma tendência que já vinha sendo percebida nos últimos meses. O alerta é do gerente de operações do Sesi-Senai, Ivanor Finatto, que demonstra preocupação com o desempenho do setor, especialmente na indústria.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta semana, o município registrou apenas 33 novas vagas com carteira assinada em julho. O número representa menos da metade do total registrado no mesmo mês de 2024.

No acumulado do ano, São Miguel do Oeste criou cerca de 450 postos de trabalho, uma queda de aproximadamente 30% em comparação com os primeiros sete meses do ano passado.

Finatto explica que a desaceleração também é observada em nível estadual e nacional. "A alta da taxa de juros tem um impacto direto nos investimentos das empresas. Com menos investimento, a contratação também diminui", analisa.

Outro fator que contribui para o freio na geração de empregos é o cenário econômico internacional. "O tarifaço nos Estados Unidos, por exemplo, afeta o comércio global e atinge indiretamente o nosso mercado interno", acrescenta.

Apesar do momento de cautela, Finatto acredita que o saldo de empregos deve continuar positivo, mas com mudanças nos setores que mais empregam. "Vamos seguir com geração de vagas, só que com outro perfil de contratação", finaliza.