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A bactéria do espiroplasma, causadora do enfezamento pálido no milho, foi detectada na última semana em três municípios do Oeste, Bom Jesus do Oeste, Guatambu e São Miguel do Oeste. A informação foi confirmada pela Epagri, por meio do programa Monitora Milho SC, que acompanha semanalmente a incidência da cigarrinha-do-milho e das doenças associadas.

Segundo a pesquisadora Maria Cristina Canale, da Epagri/Cepaf, essa bactéria é altamente agressiva e pode causar prejuízos relevantes aos produtores da região. Ela alerta que os estágios iniciais da lavoura, até a fase V4, são os mais críticos para a infecção por patógenos trazidos pela cigarrinha-do-milho.

Apesar da média estadual estar dentro do esperado — menos de cinco insetos por armadilha — as regiões do Extremo Oeste e Planalto Norte registraram maior presença dos vetores. Em São Miguel do Oeste, a situação demanda atenção redobrada por parte dos agricultores.

A recomendação da Epagri é que os produtores façam o manejo com inseticidas de contato, combinando defensivos químicos com produtos biológicos sempre que possível, principalmente neste período inicial de plantio.

Desde 2021, o programa Monitora Milho SC tem sido uma ferramenta importante para acompanhar a evolução da cigarrinha-do-milho em Santa Catarina. Os dados são atualizados semanalmente e estão disponíveis gratuitamente no aplicativo Epagri Mob, onde técnicos e agricultores podem acessar boletins, gráficos populacionais e informações sobre a infectividade dos insetos.

“Já sabemos que os enfezamentos são problemas recorrentes nas lavouras do Brasil. Agora, é hora de aprender a conviver com isso, com manejo integrado e participação ativa dos produtores”, reforça Canale.

O Epagri Mob está disponível para Android e iOS e traz também previsões do tempo, tecnologias desenvolvidas pela Epagri e dados sobre outras culturas, como videiras e maçãs.