01.09.2022 às 14:34h - Polícia
A Polícia Federal deflagrou nesta manhã de quinta-feira, 01, a operação Pseudólogos para desarticular uma possível associação criminosa constituída para viabilizar a aquisição fraudulenta de armas de fogo, por pessoas que não preenchem os requisitos estabelecidos no Estatuto do Desarmamento. De acordo com a PF, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão e outras sete medidas cautelares diversas da prisão nas cidades de Dionísio Cerqueira, SC e Barracão, PR.
Segundo o delegado da PF Thiago Nazário dos Santos, durante a investigação foi possível identificar que os suspeitos criaram uma estrutura empresarial para explorar o comércio varejista de armas e munições. Ele relatou que a fraude consistia na falsificação de comprovantes de renda e declarações de residência, posteriormente utilizados por pretensos compradores, com vistas a permitir que pessoas desprovidas de ocupação lícita e residência certa pudessem obter uma arma de fogo. Ainda segundo o delegado, existe a suspeita de que por meio destas condutas, os investigados tenham fomentado a circulação ilegal de inúmeras armas de fogo, inclusive em benefício de pessoas envolvidas com o descaminho e contrabando de produtos oriundos da Argentina.
A Polícia Federal até o momento identificou que a empresa atuou como representante em, ao menos, 690 processos junto ao Sistema Nacional de Armas — SINARM, tendo realizado a venda de cerca de 425 armas de fogo — das quais 220 de calibre nove milímetros, obtendo uma receita de quase R$ 2 milhões. Por isso, foram cumpridas nesta quinta, 01, suspensão das atividades de natureza econômica dos investigados, especificamente o comércio varejista de armas e munições, bem como o recolhimento de mais de 267 armas de fogo mantidas junto ao estabelecimento empresarial utilizado para viabilizar os crimes sob investigação.
Os investigados podem responder pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e associação criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 14 anos de prisão.
Fonte: Polícia Federal
Foto(s): Polícia Federal
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