01.08.2023 às 07:59h - Economia
O Comitê de Política Monetária do Banco Central começa nesta terça-feira, 1º, a reunião que deve resultar na primeira redução da taxa básica de juros dos últimos três anos.
Estacionada em 13,75% ao ano desde agosto do ano passado, a taxa Selic deve recuar 0,25 ponto percentual, a 13,50% ao ano, conforme expectativas sinalizadas pelo mercado financeiro.
A taxa atual de juros brasileira é a maior desde 2017.
Nesta terça-feira, 1º, o presidente do Banco Central, Roberto Oliveira Campos, e os oito diretores da autoridade monetária realizam apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas da economia e o comportamento do mercado financeiro.
Já nesta quarta-feira, 02, o Copom projeta as possibilidades futuras e define o patamar da Selic. O veredito a respeito dos novos juros será anunciado após as 18h, e ficará vigente por ao menos 45 dias, quando os diretores voltam a se encontrar.
Na ata da última reunião, o Copom admitiu, pela primeira vez, a possibilidade de reduzir a taxa básica de juros. "A continuação do processo deflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião", destaca.
Após a primeira baixa anunciada, os analistas preveem novos recuos nos meses de setembro, novembro e dezembro, sendo que em cada reunião a expectativa é de redução de 0,5 pontos, movimentos que, se confirmados, levarão a Selic a 12% ao ano no começo de 2024.
De acordo com o mercado financeiro, os juros básicos devem seguir em queda nos próximos anos. Com a atualização, são projetadas quedas mais efetivas da Selic em 2024 entre 9,5% a 9,25% ao ano, em 2025 entre 9% e 8,75% ao ano e em 2026 entre 8,63% e 8,5% ao ano.
A trajetória que levou a taxa básica de juros ao maior patamar dos últimos seis anos para segurar o avanço da inflação começou em março de 2021, quando a Selic figurava em 2% ao ano. Desde então, a Selic disparou 11,75 pontos percentuais e figura nos atuais 13,75% ao ano desde agosto do ano passado.
Fonte: R7
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