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A produção de pescado reduziu drasticamente nos últimos três anos. De 25 produtores de tilápia destinados para produção industrial, somente três permaneceram.

O principal motivo apontado da redução são as estiagens em 2021 e 2022. Conforme o Técnico em Agropecuária da Secretaria da Agricultura de Itapiranga, Diego Zampiva, muitos produtores foram obrigados a retirar os peixes para destinar a água ao consumo de animais. Ele lembra que o ano de 2022 foi marcado pela limpeza dos reservatórios, com 220 agricultores atendidos no programa de subsídio do município. Na limpeza foi retirado o excesso de matéria orgânica acumulada em muitos anos, o que também ampliou o espaço da lâmina d’água.

Os piscicultores foram orientados e utilizaram 200 gramas de calcário por metro quadrado para corrigir a acidez dos reservatórios. Com a volta das chuvas em 2023, ocorreu o repovoamento com variedades de carpas, tilápia e outras espécies.

Zampiva estima que nos últimos 30 dias foram alojados aproximadamente 100 mil alevinos. As tilápias muito usadas para produção de filé, são abatidas entre cinco e seis meses. Já as carpas a partir de um ano.

Outro aspecto que pesou na produção comercial foi o elevado custo das rações. Agora, com o preço normalizado, a atividade voltou a ser rentável. Diego Zampiva destaca que Itapiranga facilmente pode produzir 20 toneladas de pescados nos reservatórios. Os produtores já começam os preparativos para a Feira do peixe na semana Santa.