06.11.2023 às 14:16h - atualizado em 06.11.2023 às 22:39h - Agricultura

Cerca de 20% das lavouras de fumo do sul tiveram danos com chuvas e temporais

Dados são do sistema mutualista de seguro da Afubra - Associação dos Fumicultores do Brasil

Marcos Herbert

Por: Marcos Herbert Iporã do Oeste - SC

Cerca de 20% das lavouras de fumo do sul tiveram danos com chuvas e temporais
Lavoura de fumo atingida por granizo em Itapiranga | Foto: Arquivo

As chuvas acima da média e os temporais registrados no mês de outubro causaram prejuízos aos fumicultores de toda a região sul do país. De acordo com o representante da Afubra – Associação dos Fumicultores do Brasil, com sede em Santa Cruz do Sul/RS, Fabrício Murini, os principais impactos das condições adversas do tempo foram causados pelas chuvas em excesso, visto que o fumo é uma planta sensível que se desenvolve melhor nos períodos com chuva abaixo da média climatológica.

Com as chuvas em excesso, foram registrados vários problemas de desenvolvimento das plantas, que acabaram concentrando muita água em suas folhas. Murini explicou que isso diminui a qualidade final do produto. Ele também observou que o tempo chuvoso impediu que os fumicultores fizessem os tratos culturais adequados nas lavouras. Como agravante, citou que algumas regiões registraram chuvas de granizo, que resultaram na perda total do fumo plantado.

Até o dia 31 de outubro, cerca de 20% das lavouras de fumo da região sul do país haviam registrado danos parciais ou totais em decorrência do tempo. O representante da Afubra destacou que existe um amparo aos fumicultores através do sistema mutualista de seguro, que dá garantia nos casos de granizo ou tufões de vento. No caso das enchentes, a Associação ampara os produtores com abatimento do valor, por meio de uma parceria com as empresas integradoras.

Fabrício Murini enalteceu que desde 1993, o Brasil é o segundo maior produtor de tabaco do mundo, se mantendo atualmente no topo do ranking mundial de exportações do produto. Ele destacou que na última safra foram produzidas 605.703 toneladas de fumo, das quais mais de 500 mil foram exportadas e geraram renda para mais de 125 mil famílias, além de inúmeros empregos nas fábricas de processamento e logística do cigarro. Mesmo assim, Murini citou que a cultura não é bem vista e recebe pouco incentivo público.

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