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Está em tramitação na Câmara de Vereadores de São Miguel do Oeste desde o mês passado um projeto de lei que visa reajustar o valor do vale-alimentação para os servidores do poder legislativo. O documento é de autoria do presidente Paulo Drumm e foi apresentado no último dia oito de fevereiro.

O projeto já foi analisado pelas comissões de Justiça e Redação e Finanças e Orçamentos, sendo que em ambas as comissões, os integrantes decidiram não emitir parecer, por entender que o texto precisa de uma melhor compreensão, haja visto que o tema gerou discordância entre os vereadores.

Um deles foi o vereador Carlos Agostini que se posicionou contra ao projeto. Ele lembrou que atualmente os servidores da Câmara de Vereadores recebem R$ 950 de auxílio-alimentação e o projeto aumento para R$ 1.250 mensal, representando um aumento de R$ 300 mensais para cada servidor.

Ele pontuou que em janeiro já houve o reajuste salarial e por isso não haveria motivos para um novo aumento e salientou que os servidores da prefeitura recebem atualmente R$ 550 mensais de auxílio-alimentação, ou seja, R$ 400 a menos que os do legislativo e caso o projeto for aprovado, a diferença vai subir para R$ 700 mensais.

Ele reforçou ser contra o projeto por entender que o dinheiro público não pode ser usado para beneficiar algumas pessoas e classes e frisou que os salários atuais dos servidores da Câmara são ótimos e variam entre R$ 5.500 a R$ 30 mil, sem contar o valor do vale-alimentação, reforçando ainda mais os valores recebidos pelos funcionários.

Para Carlos Agostini, esses valores poderiam ser devolvidos para a prefeitura para investimento em Saúde e Educação, por exemplo.

Questionado se haverá mobilização junto aos demais vereadores, ele comentou que espera bom senso dos colegas na análise e votação do projeto.